tag:blogger.com,1999:blog-8288599500212493707.post13508227645499703..comments2023-10-22T14:10:29.859+02:00Comments on Mudando de Vida - Changing Life - Cambiando Vita: Como atingirei os meus objectivos?Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06695644046594718010noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-8288599500212493707.post-12533663804798988362012-01-12T12:57:49.566+01:002012-01-12T12:57:49.566+01:00Ainda glosando o tema "Hábitos".
No dom...Ainda glosando o tema "Hábitos". <br />No domingo passado fomos à Gulbenkian ver a exposição de pintura "A Natureza-Morta na Europa" que já lá estava há dois meses e meio, desde 21 de Outubro. À boa maneira portuguesa, fomos a correr no último dia para não perder a oportunidade de admirar originais de Cézanne, Monet, Van Gogh, Matisse, Renoir, Gauguin, Sousa-Cardozo, Vieira da Silva, Picasso, Braques, etc.. Ah, mas não estavamos sós nesta vontade de alimentarmos a alma com um pouco de Arte. Eram às centenas as pessoas que aguardavam pachorrentamente a sua vez de entrar, numa fila que daria a volta ao Terreiro do Paço. E nós, a mãe e eu, conformados, lá procuramos o fim da fila e esperamos tambem pela nossa vez.<br />O "último dia" é mesmo uma instituíção portuguesa. Se não fosse o "último dia" como é que nós travararíamos conhecimento com tanta gente que tem uma perfeita afinidade connosco: esperar numa fila? Se não fosse o "último dia", quando o sistema de recepção de declarações de IRS fica inevitavelmente bloqueado, como é que nós teríamos pretexto para desabafar o fel contra as Finanças e reclamar - sempre com razão, claro! - o prolongamento do prazo para entrega das declarações? A vida teria alguma graça sem o atabaolhamento do "último dia"? Os povos do norte deviam experimentá-lo de vez em quando.<br />São hábitos, estúpidos, são hábitos!!Painoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8288599500212493707.post-89238154515438471992012-01-09T17:01:22.787+01:002012-01-09T17:01:22.787+01:00Hábitos. Talvez venha a propósito transcrever aqui...Hábitos. Talvez venha a propósito transcrever aqui alguns excertos de uma carta escrita por um holandês há vinte e cinco anos a trabalhar em Portugal (ver blog "Tempo Contado", de J. Rentes de Carvalho,de 03 de Janeiro).<br />Sobre os portugueses, opina o holandês o seguinte:"Conhecemos o português como um materialista absoluto, um sórdido avarento da melhor água, sempre alerta para o proveito próprio, alguem com quem é impossível cooperar, alguem que contra toda a evidência da experiência e da ciência insiste em descobrir a roda. O português tem um desinteresse total pela beleza e a qualidade." ... "Amigos são aqueles de quem se tira proveito" ... "Queixam-se até caír redondos. Queixam-se em todas as esquinas." ..."De seguida ficam todos à espera até que tudo melhore ou vão emigrar. Que fado miserável é este povo".<br />Fiquei abismado e com um nó na garganta. É esta, então, a imagem que o Português projecta para o mundo, ou pelo menos para aquele holandês que por cá anda há vinte e cinco anos? Interessante verificar que do hábito de julgar o próximo a sensação que o Holandês em geral me transmite (não errarei por muito se disser que "nos" transmite)é precisamente a de ser materialista, avarento e sempre alerta para o proveito próprio, para quem a amizade termina onde começa o interesse pessoal, para quem a solidariedade só faz sentido se dela vier a obter tambem algum lucro.<br />Bem, quanto a queixumes tenho de reconhecer que o homem terá alguma razão. São hábitos, estúpido, são hábitos!!Painoreply@blogger.com