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A Casa de Petronilla

Copertina di I gustosi, svelti, economici desinaretti di Petronilla.
Introdução

No Verão de 2010 herdei um livro -  I gustosi, svelti, economici desinaretti di Petronilla. Foi o único livro de culinária que encontrámos em casa da tia Laura, ela que foi cozinheira de profissão. De imediato me apaixonei pelo estilo único desta autora que escreveu para a mulher italiana média dos anos 20. Cada receita é uma lição de vida.  E talvez por mérito de Petronilla, talvez por mérito do montão de hormonas que me assola desde a gravidez, sempre que leio aquele livro sinto uma vontade inexplicável de nidificar.
Punha-me a imaginar com seria a casa de Petronilla, a sua cozinha cheia de bons odores . E comecei a desejar que a minha casa mudasse, que se transformasse num lar à medida dos meus sonhos, um refúgio zen para mim e para os meus. E foi assim que finalmente, aos 38 anos, depois de tanta resistência emotiva mascarada de racionais feministas, a casa tomou definitivamente lugar nas minhas metas de evolução. 
Começo pela cozinha, claro. Ou não fosse neta da minha avó e filha da minha mãe. São delas as cozinhas da minha infância. Mas a minha é diferente, está feita à minha medida. Ocupa um ângulo da sala, o espaço delimitado por um balcão coberto de granito rosa. E eu gosto dela assim, posso estar a fazer outras coisas enquanto cozinho, privar com hóspedes, brincar com Adelaide, ver televisão. Não me sinto segregada com os preparativos culinários. As únicas limitações evidentes são o ruído dos electrodomésticos que invade nefastamente o nosso espaço lúdico e os cheiros  de cozinhado que, por muito bom que seja chateia à brava quando não respeita os limites sugeridos pelo balcão.


(cont.)

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