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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Um Coelho Nada Carnavalesco

Sacrifícios e austeridade. É este, em síntese, o tema de todos os discursos do actual Primeiro Ministro. E por isso decidiu acabar com a tradicional tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval.
Esclareço desde já que não sou grande entusiasta de ter de me divertir só porque está combinado que é o dia e a hora de toda a gente se divertir. O Carnaval não me diz nada, ou antes, provoca-me arrepios quando assisto na televisão às girls em biquini a desfilar com um frio de rachar pelas ruas de Ovar, da Mealhada ou de Torres Vedras.
Porem, acho que os agentes económicos têm o direito de saber com segurança e previsibilidade as linhas com que se cozem, sem depender das decisões casuísticas de cada governo, ano a ano. Esta decisão vai afectar a economia local de muitos concelhos que esperam ansiosamente pelos três dias do Carnaval, assim como pelo Natal ou a Páscoa, para terem mais um pequeno balão de oxigénio que lhes permita resistir mais um pouco à morte anunciada. Desde há muitos meses que restaurantes, logistas, hoteis e pequenas empresas de turismo de Loulé, Sines, Sesimbra, Cascais, Torres Vedras, Mealhada, Ovar, Campo Maior, etc., incentivados pelas respectivas Câmaras Municipais, têm vindo a contribuír, sabe deus como, para a realização dos corsos carnavalescos que atraiam alguma abençoada facturação aos seus negócios. Tudo em vão. O Pai Tirano decidiu pôr os meninos preguiçosos na ordem e lá vão uns milhões de investimento por água abaixo. Se o governo queria acabar com as festas de Carnaval, devia ter avisado com a antecedência com que elas começam a ser preparadas por esse país fora: um ano.
Decisão em abono do aumento de produtividade, dir-se-á. Se Passos Coelho conhecesse mais empresas do que aquelas onde trabalhou(?) como boy, saberia que o imprescindível aumento de produtividade do País não tem a ver com os feriados nem com as horas que se trabalha; tem a ver, sim, com o esvazeamento que feito na nossa economia, com o mau funcionamento do Estado e com a má organização das empresas por falta de empresários actualizados e bem preparados.
Com decisões destas, estupidamente precipitadas, sem se debruçar minimamente na análise das consequências, o sr Quem-de-Direito mais não faz que criar irritação, muita irritação. Veremos até quando...

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