Na semana passada candidatei-me a um anúncio de marketing operativo para uma empresa farmacêutica. Contactar contractors externos, planificar gadgets, gerir as publicações de informação científica para o público médico, organizar congressos, gerir o orçamento operativo - porque não? Tive o feedback de que as minhas capacidades não combinam em nada com o perfil que procuram... como se fosse preciso fazer um curso para organizar congressos. Aqui foi o factor departamental o determinante. Quando se trabalha para o departamento de investigação, automaticamente a etiqueta "nerd" cola-se a nós como tinha. Imaginam que usamos todos óculos de fundo de garrafa, dentões com aparelho e que gaguejamos. Enfim.
Não estou a fazer a apologia da contra-qualificação. Aliás, sou uma adepta convicta dos estudos e da formação contínua. Se calhar investi nas qualificações erradas. Mas não vejo que os outros qualificados desempregados ou insatisfeitos estejam melhor que eu. Também não vejo que os não qualificados estejam bem. No final das contas só está bem quem tem os contactos certos.
Desde Setembro que estou a enviar activamente candidaturas a anúncios de trabalho. A minha vez chegará mais tarde ou mais cedo.
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