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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Reflexões

Enquanto tomávamos o pequeno almoço, ouvíamos as notícias da manhã e comentávamos, a Mãe e eu, a insensibilidade que vai grassando entre alguns lideres por essa Europa fora.
Quem põe um povo perante um dilema entre a ajuda financeira e a dignidade nacional, ignora as lições históricas fundamentais – disse, diplomaticamente, o ministro das finanças do governo grego, a propósito da “sugestão” avançada por essa nefanda bola de berlim que dá pelo nome de Merkle, da nomeação de um comissário europeu para “orientar”, mas com poderes de vetar, as decisões políticas do governo grego. Isto é, a nomeação de um ministro plenipotenciário para, em nome da Europa (leia-se Alemanha) governar uma Grécia colonizada.
A Mãe, menos diplomática, com os olhos a chispar, evidenciou de imediato a sua reacção se algo de semelhante algum dia fosse proposto ao nosso país: “Nem que comesse relva !! Nem que comesse relva !!”
A caminho do escritório, fui rememoriando esta conversa matinal. Qual seria efectivamente a reacção maioritária do nosso povo perante uma situação idêntica? Se se tratasse de marcar uma posição contra o tradicional inimigo castelhano, não tenho dúvidas que rapidamente se constituiriam novos conjurados de 1640 a recrutar, através do facebook e de sms, voluntários para novas aljubarrotas. Contra “eles" a espinha dorsal lusitana endireita-se, os sinos tocam a rebate e logo soa “a tuba canora e belicosa que o peito acende e a cor ao gesto muda”. Mas contra os alemães? Será que a atitude generalizada seria muito diferente da dos nossos representantes eleitos que, venerandos e obrigados, parecem poodles de estimação atentos à voz da dona: Senta! Salta! Rasteja! ? (Os políticos são como as prateleiras, quanto mais altos estão mais inuteis se tornam). Haveria suficiente orgulho nacional a transbordar do peito e a gritar que podemos quebrar mas não torcemos?
Quero crer que sim! Acho mesmo que já vamos sentindo “uma raiva a crescer-nos nos dentes”.

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