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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A independência do trabalho



É difícil estabelecer objectivos intermédios para o que preciso de mudar na minha vida profissional. Muito simplesmente, preciso de mudar de trabalho. Aquele onde estou transformou-se num pesadelo. Sempre que saio de casa para ir trabalhar sinto-me como se arrastasse longas e penosas correntes nos tornozelos. E chego ao fim da semana que tenho vontade de dormir um mês seguido. Vale a pena? NÃO!
Para ser independente não é qualquer trabalho que serve. A independência tem quatro vertentes:

  • Financeira - ou seja garantir um mínimo de rendimento
  • Vida - ou seja ter tempo livre para ter vida para além do trabalho; implica um horário de trabalho honesto (em vez de horário de escrava); que seja  não muito longe de casa; e por fim um trabalho que me permita manter uma residência fixa (em vez de forçar-me a mudar de país como quem muda de projecto) 
  • Intelectual - ou seja que me permita viver de acordo com os meus princípios (por exemplo nada de laboratórios in vivo...)
  • Emotiva - dignidade, respeitoreconhecimento e segurança são essenciais. Basta de mobbing, não quero ser tratada como um burrico - a cenoura à frente, o pau nas costas.

Devia-se dar como contado que isto é o mínimo a que um trabalhador honesto tem direito. Pois bem, não é assim. O meu actual trabalho garante três destas vertentes. A financeira e a intelectual  são base. Deram-me a escolher entre ter Vida ou ter estabilidade emotiva. Eu escolhi a Vida... e agora estou à procura de outro trabalho.
A maioria dos trabalhadores qualificados como eu decide à partida desistir de uma das vertentes da Independência (normalmente o ter vida própria) e viver infelizmente resignado com uma carreira madrasta. mas não vejo que sejam mais felizes do que eu. E eu quero ser feliz.
Dizem que no Norte da Europa é diferente, dizem que a cultura do trabalho escravizador é muito do Sul. Será? Não sei. Também diziam que a solução era emigrar.  
Pela primeira vez na vida dou por mim a pensar que se pudesse não trabalhava.
Abreijos
Janica Marques
 Estou zangada? Amarga? Triste?
Preocupada? Tudo isto ao mesmo tempo.

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