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terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Reflexões
Hábito implementado: Planning das Rochas e Hábitos
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Nada a fazer...
Destralhei a bancada da cozinha
Vantagens óbvias: sabe melhor sentar-me no sofá e tenho mais orgulho em receber visitas.
Outras vantagens: obrigou-me a arranjar espaço para a reciclagem. Mantenho um saquinho pequeno debaixo do lava-loiças, quando enche ou se torna demasiado grande vai para fora de casa. Obrigou-me a ser pragmática com os frascos e afins reutilizáveis: ou cabem no canto dos frascos (uma prateleira dentro da península) ou falo coração ao largo e vão para reciclar. Obrigou-me a arranjar sítio para para os panos na loiça - dentro de uma das gavetas ao lado do fogão. Aprendi que o limpa-vidros multiuso funciona melhor para fazer brilhar a bancada de granito do que o spray específico das superfícies. Agi de consequência: dei baixa do spray limpa superfícies e arranjei espaço debaixo do lava-loiças para todos os outros detergentes que normalmente se acumulavam ao pé da janela. E por fim arranjei espaço para os tabuleiros de forno também debaixo do lava-loiças - assim quando uso o forno já não tenho o monte de formas e tabuleiros a ocupar metade da bancada.
Agora já consigo cozinhar tranquila, fazer biscoitos ou qualquer outra coisa para a qual preciso de usar a bancada. E para além de arranjar espaços para a tralha, a única coisa que alterou a minha rotina foi a de despejar a reciclagem todas as noites - o Giuliano instalou ao pé do compostor um pequeno ecoponto que esvaziamos semanalmente.
Digam-me vocês se têm alguns bons exemplos de "destralhamento" semelhantes!
Beijocas.
domingo, 29 de janeiro de 2012
O Síndroma de Chaplin
A Salada Perfeita
Enfim... 27 dias de salada não está mal. E nem me fartei, consegui fazer saladas muito saborosas. A salada perfeita tem 4 segredos:
- a variedade de ingredientes (por exemplo, a que está na fotografia têm cenoura, tomate, milho, beterraba e finocchio)
- a apresentação (dar de comer aos olhos ajuda a satisfazer o cérebro)
- o condimento (azeite, vinagre, sal e pimenta)
- o pão. Sim imagino já os comentários: o que tem o pão a ver com a salada? Que é que vos hei-de dizer... o azeite estava a pedi-las!
Vantagens da salada? Não perdi peso, mas surpreendentemente deixei de ter as constantes dores abdominais. E desinchei. Decididamente um hábito a manter!!
Beijocas!!
sábado, 28 de janeiro de 2012
A Importância do assento agudo
Hábito implementado: somos bloggers!
A mim faz-me bem escrever. Desabafo, troco umas ideias, sinto-me menos só e menos incompreendida. E tenho muito prazer em partilhar este pequena coisa com o Pai. Quem sabe se no futuro mais alguém se junta a nós?
Mãe, que dizes de dares umas dicas sobre organização da casa, partilhares umas receitas, contares uma história?
Carlos e Patrícia, porque não publicam algumas fotografias e vídeos do Ricardo?
Sandra e Luís, porque não contam as desventuras das vossas viagens, trabalhos, ideias, filhotes?
Também gostaria de ter novidades da Filipa - como se estará a ambientar em Israel?
Beijocas!
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Hábito implementado: Guardanapos de pano
Por princípio não gosto de usar coisas descartáveis (usa e getta, como se diz em italiano). Parece-me um grande desperdício deitar fora qualquer coisa que se pode reutilizar. E parece-me também uma grande falta de respeito para com a Natureza comprar qualquer coisa para deitar fora. Não tenho solução para o papel higiénico (nem me apetece pensar no assunto....), sou muito relutante relativamente aos lenços de papel (os de pano dão-me percepção de falta de higiene) e o papel de cozinha é muito prático. Os guardanapos de papel, pelo contrário, sempre me pareceram um grande desperdício quando comparados com os de pano. Não tanto pelo volume de lixo que fazem (degradam-se em dois ou três meses) mas porque não vejo grande vantagem na sua utilização. Para quê sacrificar árvores e gastar dinheiro em guardanapos descartáveis quando os de pano são mais elegantes e eficientes?
Dirão os cépticos que os guardanapos de pano também poluem, que se gastam tantos recursos naturais na produção do algodão ou do linho, que se deve ter em conta o que se gasta em água e detergente para lavar. Bom, não pretendo papaguear os números dos economistas ambientais que compararam os custos ambientais dos guardanapos de papel e dos guardanapos de pano, até porque se tratam apenas de estimativas com grandes margens de erro e baseados em pressupostos não necessariamente verdadeiros. Mas visto que eu uso guardanapos herdados de outras gerações (avó Ivone e tia Laura) a amortização dos custos de produção já foi há muito saldada. E como lavo os guardanapos só uma vez por semana (parece-me razoável), a máquina de lavar está sempre cheia e lavo a temperatura baixa, o custo ambiental relativo à reutilização dos guardanapos de pano é com certeza menor que o dos guardanapos de papel. Resta a questão do quanto é prático. Bom, creio de dependa de cada um. Repito, no que me diz respeito não vejo grande utilidade nos guardanapos de papel.
Dizem os especialistas que o custo ambiental do uso de guardanapos de papel nos restaurantes é menor que os de pano (porque nos restaurantes se lavam após uma utilização). Talvez. Mas nesse caso por favor evitem abater árvores para isso... usem guardanapos de papel reciclado! Eu tenho sempre em casa um pacote de guardanapos de papel reciclado (para as eventualidades). E compro papel higiénico, lenços de papel e papel de cozinha da mesma marca.
Beijocas!
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
O "Sá Carneiro"
Nos sapatos dos outros
Beijocas
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
A Sinusoide da Vida
A independência do trabalho
É difícil estabelecer objectivos intermédios para o que preciso de mudar na minha vida profissional. Muito simplesmente, preciso de mudar de trabalho. Aquele onde estou transformou-se num pesadelo. Sempre que saio de casa para ir trabalhar sinto-me como se arrastasse longas e penosas correntes nos tornozelos. E chego ao fim da semana que tenho vontade de dormir um mês seguido. Vale a pena? NÃO!
Para ser independente não é qualquer trabalho que serve. A independência tem quatro vertentes:
- Financeira - ou seja garantir um mínimo de rendimento,
- Vida - ou seja ter tempo livre para ter vida para além do trabalho; implica um horário de trabalho honesto (em vez de horário de escrava); que seja não muito longe de casa; e por fim um trabalho que me permita manter uma residência fixa (em vez de forçar-me a mudar de país como quem muda de projecto)
- Intelectual - ou seja que me permita viver de acordo com os meus princípios (por exemplo nada de laboratórios in vivo...)
- Emotiva - dignidade, respeito, reconhecimento e segurança são essenciais. Basta de mobbing, não quero ser tratada como um burrico - a cenoura à frente, o pau nas costas.
Devia-se dar como contado que isto é o mínimo a que um trabalhador honesto tem direito. Pois bem, não é assim. O meu actual trabalho garante três destas vertentes. A financeira e a intelectual são base. Deram-me a escolher entre ter Vida ou ter estabilidade emotiva. Eu escolhi a Vida... e agora estou à procura de outro trabalho.
A maioria dos trabalhadores qualificados como eu decide à partida desistir de uma das vertentes da Independência (normalmente o ter vida própria) e viver infelizmente resignado com uma carreira madrasta. mas não vejo que sejam mais felizes do que eu. E eu quero ser feliz.
Dizem que no Norte da Europa é diferente, dizem que a cultura do trabalho escravizador é muito do Sul. Será? Não sei. Também diziam que a solução era emigrar.
Pela primeira vez na vida dou por mim a pensar que se pudesse não trabalhava.
Abreijos
Estou zangada? Amarga? Triste? Preocupada? Tudo isto ao mesmo tempo. |
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Adoro a Marginal
Difícil é ser original
Que estranho sentir o Pai dizer que tem dificuldade em escrever... Lá em casa sempre gozou da fama de ser ele o talentoso da família. Se é difícil para ele, imagine-se para o resto dos comuns mortais como eu...
Será porque não me preocupa grandemente escrever de maneira brilhante, mas para mim o difícil não é escrever. Difícil é ser original. Escrever algo que não seja a repetição de uma opinião de outrem, um espelho de uma ideia mais do que debatida ou a colagem de uma história bem sucedida.
Por exemplo, tenho tantas histórias na minha imaginação. Histórias que começaram se calhar inspiradas por livros, filmes ou sonhos - já nem me lembro quais, quando ou como. E depois evoluíram, cresceram comigo, fugiram-me de mão e agora praticamente caminham sozinhas, sabe-se lá em que estradas tortuosas dos Mundos da imaginação. Mas no fundo tenho sempre medo que uma mente mais perspicaz consiga identificar as sementes inspiradoras e me acuse de plágio, e esse medo impede-me de tentar escrevê-las.
Compenso a falta de originalidade planeando com antecedência o tema sobre o que devo escrever - sim, a Rainha dos plannings já sabe o que vai escrever para as próximas duas semanas! Assim dou-me tempo para ter tempo de maturar uma opinião. Não quer dizer que caso uma boa ideia me surja eu não saia do plano para lhe dar espaço, mas pelo menos não sou apanhada desprevenida sem ter uma ideia própria.
Boa noite!!
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
O Difícil Parto Diário
O método FLY para a organização da casa
Lembram-se do meu objectivo "Transformar a casa no meu refúgio zen"? Pois bem, reconheço a minha natural inaptidão para arrumar, organizar e etecetera a casa. Será que o meu esquema mental funciona noutro registo, será o meu cérebro que automaticamente me abstrai do que não considera importante e me impede de ver o caos, será preguiça, eu sei lá... o que eu sei é que a capacidade caótica da casa tende para o infinito e a maior parte das vezes eu nem sei por onde começar para torná-la mais confortável e harmoniosa. Antes isto não me preocupava minimamente, mas agora com a Adelaide a perspectiva alterou-se. Primeiro porque a simples presença da Adelaide elevou à quinta potência a capacidade caótica da casa. Segundo porque me chateia não ter as coisas organizadas para que a Adelaide possa usufruir delas com serenidade. Terceiro porque de há uns tempos para cá fico claustrofobicamente bloqueada com a falta de espaço devida ao acumular constante de coisas fora do sítio. Quarto porque quero mesmo que a minha casa seja acolhedora, para quem cá vive e para quem visita. A visão metafórica que me inspira é a "experiência spa em casa".
Este é o ponto de partida... |
Há um par de meses atrás, enquanto surfavo pela internet à procura de soluções de organização caseira mágicas deparei-me com um site - FlyLady.net - que oferece um método baseado no estabelecimento progressivo de hábitos. Parecia feito de encomenda para mim! E assim comecei a estudar e implementar os princípios básicos deste método. Bom, surpresa das surpresas, funciona!! Não é uma solução mágica mas é bastante simpática e divertida na maneira como afronta as frustrações de quem não nasceu com o talento da organização.
No primeiro mês - Novembro - limitei-me a ler umas coisas e a estabelecer o hábito de abrilhantar o lava-loiças. O benefício imediato foi o de maximizar o uso da máquina de lavar loiça e de ter a sala mais apresentável.
No mês de Dezembro dediquei-me a fazer algum planning para adaptar as minhas rotinas matinal, seral e de noite aos princípios básicos do método.
E no mês de Janeiro alarguei o hábito de abrilhantar à bancada da cozinha. Como vai? Darei contas no final do mês!
domingo, 22 de janeiro de 2012
Um banho relaxante
Ahhh.... Nada melhor do que um bom banho quente a meio da tarde de Domingo. Começo com um scrub no corpo inteiro e uma máscara hidratante para o cabelo. E mergulhada em núvens de espuma e sais perfumados, acendo uma vela ambiente, beberico um chá e leio um livro. 20 minutos de paraíso por semana. Saio do banho e sinto-me capaz de correr a maratona, de tal maneira me carrega de energia.
Um dia pensei... o que pode ser melhor do que partilhar este pequeno prazer com a minha pequenina Maria Besnica? Uma óptima oportunidade de construir a excelente relação mãe-filha a que aspiro: brincamos no banho, faço-lhe uma máscara hidratante aos cabelos (tratamento de beleza a duas, que giro), cócegas nos pés, conto-lhe uma história com os livros plastificados, pintamos a manta as duas na banheira. E depois chamo o Giuliano, passo-lhe a Pimpolha para os secar, vestir, e etceteras e tais menos divertidos mas inadiáveis enquanto eu termino o meu merecido banho na paz dos deuses.
Até ao dia em que encontrei uns OFI (objectos flutuantes identificados) a boiar na água do meu imaculado banho... Ao princípio eu não queria acreditar, tive que os observar de mais perto para ficar convencida. Mas por fim a realidade atingiu-me inexorável: a minha Gajinha agora não espera outra coisa senão a hora do meu banho para pôr o esfincter anal a trabalhar! Mal entra na banheira, senta-se com o ar mais feliz do mundo e enquanto alonga o braço cândido para pegar nos brinquedos, pela extremidade oposta vai libertando minas espaçadas com precisão matemática. Não, não é um ataque, dizem os especialistas. A água quente age como estímulo aos intestinos dos bebés - mas vá-se lá saber porque é que a água quente do banho do Giuliano não surte o mesmo efeito.
Mudança de estratégia imediata: Cada uma toma o seu banho. A Adelaide lá continua de vez em quando a fazer cocó na banheira, mas pelo menos não durante o meu banho!
Alguém por aí tem experiências semelhantes?
Relaxes, há muitos.
sábado, 21 de janeiro de 2012
Relax tranquilo: almoçar fora
Hoje fomos almoçar fora, só para nos distrairmos tranquilamente. O nosso restaurante habitual - Il Palozetto - estava fechado, de maneira que fomos a um concorrente na mesma rua - Renata e Pietrino. Comemos bem e simples, o Giuliano "Bucatini all'Amatriciana", eu "Trenette in salsa de carcioffi" e a Adelaide "Fettucini al sugo". Aqui cozinham bem comida típica dos Castelli Romani, mas para dizer a verdade prefiro restaurantes mais simples com mais alternativas vegetarianas e menos careiros. No final das contas por três pratos de massa, vinho da casa, água e uma fatia de bolo de chocolate pagámos 40 euros. Em Itália custa sempre tanto comer fora. Mas é uma actividade familiar que sabe bem de vez em quando. Antes desta crise íamos quase todas as semanas almoçar ou jantar fora. Agora não o fazemos mais do que duas vezes por mês. Mesmo que ainda não tenhamos sentido na carteira o peso da crise, mesmo sem termos falado no assunto começámos a apertar os cordões à bolsa.
Também começámos a controlar mais de perto a despesa semanal do supermercado. Planear o menú semanal ajuda porque praticamente não deixamos estragar nada. Antes quantas vezes comprávamos verdura ou fruta que acabava por se estragar! Agora não, planeando o menú semanal, faço a lista das compras de acordo com as necessidades. Mesmo assim ainda gastamos em média cerca de 80 euros semanais no supermercado - menos 20 do que antes.
E vocês, que estratégias adoptam para poupar sem impactar o divertimento e o frigorífico?
Beijinhos
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
O que faço quando destilo fel?
Hoje também eu destilo fel. Para tanta gente zangar-se é um escape, uma espécie de terapia. A mim em vez faz-me mal, desespera-me. Odeio ver tudo negativo, odeio quando o copo parece sempre meio vazio. Podendo decidir, escolho a felicidade. Escolho ser feliz, sentir-me bem comigo e com o mundo. Fácil falar... difícil de seguir, principalmente quando uma parte importante da nossa vida não bate certo e o estado do mundo não ajuda. O que fazer então, esperar que a vida dê mais uma volta para poder ser feliz? Não - decidi há muito tempo que a vida é aqui e agora, porquê esperar para ser feliz? Até porque quando se espera, espera-se sem garantias, como alguém disse "a vida, feliz ou infelizmente, é caminho para o qual não há mapa nem bússola".
O que faço então nos dias em que destilo fel, nos dias em que "os pontapés do Destino, os dos semelhantes, e os trambolhões" me fazem desesperar ao ponto de ver tudo negativo, triste, feio e sem esperança? Concentro-me no particular. Se a visão do global é ofuscada pela tristeza, pela depressão, pelo desespero, pelo medo, insegurança, paranóias ou por qualquer outra das "vozinhas" que teimam em bloquear-nos, concentro-me a olhar para os pequenos particulares que me satisfazem. Como ouvir uma música, dançar, (re)ver um filme, ver o por do sol, fazer qualquer coisa pela Natureza, fazer terapia do pelo, fazer um bolo, passear, fazer uma tisana, apreciar um chá, cheirar uma flor, aproveitar os 10 minutos de Sol que despontaram para termoregular com o resto das lagartixas. E se mesmo assim a tempestade de pensamentos negativos não abranda? A derradeira estratégia é teletransportar a minha mente para um mundo diferente, um mundo imaginário criado por mim, onde eu nem sequer existo. Invento histórias, personagens, heróis, amores, guerras.
Justamente dirão: e em que é que isso resolve os problemas da vida real? Não resolve, obviamente. Mas permite-me sobreviver feliz enquanto as voltas da vida continuam a judiar dos meus planos impecáveis.
Abreijos
Hoje Destilo Fel
Em 1867 escrevia Eça de Queiroz n”O Distrito de Évora” a sua periódica colaboração:
Ordinariamente, todos os políticos são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortezia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porem, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expedientes. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?.
145 anos passados, será justo que se diga que alguma coisa mudou nos políticos actuais.
Na realidade, de um modo geral pouco escrevem e, quando escrevem, usam uma sintaxe intencionalmente rebuscada para confundir a grande massa de iliteratos que infelizmente continua a abundar no nosso País. Falar, falam muito. Os chefes papagueiam as fórmulas que lhes foram ditadas pelas instâncias bruxelenses ou quejandas e os subalternos megafonam as mesmas teses à exaustão até que se tranformem em verdade, por mais inverosímeis que sejam. Cortezia? Pura dicção? Por favor, isso já não se usa !
Francamente, não sei se são bons convivas. Nunca com eles privei nem tenho ambições de o fazer, mas a avaliar pela forma como visivelmente se tratam uns com os outros, das duas, uma: ou dramatizam muito bem as aparentes desavenças, ou são mesmo assim, gatos assanhados.
Tudo o resto está igual. As alegadas “competências” obtidas por cartão partidário continuam a mascarar o compadrio e os privilégios; o tráfico de influências continua a ser manobrado com a maestria de um saber acumulado de séculos. Quando uma ou outra ovelha tresmalhada no meio dos lobos tenta realizar algo prometedoramente positivo, logo a maioria instalada se encarrega de abafar e dissolver qualquer pingo de alento optimista.
Apetece parafrasear Woody Allen: “O mágico fez um gesto e desapareceu a fome, fez outro e desapareceu a injustiça, fez um terceiro e desapareceram as guerras. O político fez um gesto e desapareceu o mágico”.
Como disse, tudo o resto está igual. Excepto a independência, claro! Essa já a perdemos defenitivamente.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Retrospectiva
“A muita idade e as várias andanças, incluindo nestas um ou outro momento de euforia, os pontapés do Destino, os dos semelhantes, e os trambolhões que por descuido ou tolice se dão, nada ajudam a compreender da vida. Impedem que se repita um ou outro transtorno, mas a vida, feliz ou infelizmente, é caminho para o qual não há mapa nem bússola.
Vamos andando, paramos aqui e ali, derrapamos nas curvas, caímos na valeta, fazemos o possível por ir direitos e a direito. Depois, cansaço ou susto de ver a meta perto, abrandamos o passo, criando nos que ainda vêm longe a ilusão de que conseguimos chegar até ali por sabedoria e esperteza.
Na verdade, porém, não escolhemos a rota, nem sequer caminhamos pelo próprio pé. Somos empurrados. A uns leva-nos a aragem, a outros o suão, muitos aproveitam o vento içando velas, os desatinados enfrentam o ciclone.
Saber da vida? Nem sequer sabemos donde vem o vento ou quem o sopra.”
Este texto não foi escrito por mim. Nem o seu autor, José Rentes de Carvalho, que eu conheço apenas do que me transmite quando leio o que escreve, me concedeu autorização para o usar. É certo que tambem não me proibiu de o fazer. Por isso o transcrevo e subscrevo.
Por várias vezes tentei alinhar umas palavras que traduzissem o meu sentimento quando rebobino o meu percurso neste curto espaço de tempo a que chamamos vida, nas nunca consegui parir algo que materializasse as formas nítidas dessa sensação. Quase por acaso, tropecei nas palavras deste mestre. Subtilmente, em cada parágrafo, cada vírgula, ele abre a janela sobre o horizonte da verdade que eu conhecia mas não lograva dar a conhecer. Bem haja quem efectivamente sabe escrever.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Trabalho e paz de espírito
Hoje é quarta-feira, dia de anti-procrastinação. Vou enviar algumas candidaturas.
Abreijos
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Ensaio sobre o novo jargão empresarial português
Mas, como comecei por dizer, a mim os plannings ajudam-me a não perder o focus nos objectivos que quero atingir. Por exemplo, tendo eu começado este blog para seguir a minha evolução nos objectivos pré-estabelecidos, um planning dos posts ajuda-me a fazer o link com a visão targetada (leia-se targuetada). Começo com o planning temático semanal básico :
Segunda: Home
Terça: Plan & World
Quarta: Work
Quinta: Free & Decutler
Sexta: Errand & World
Sábado: Maternity & Relationship & Family & Friends
Domingo: Health & Beauty
PS: Pai, aposto que o acordo ortográfico luso-brasileiro agora te parece muito mais aceitável
Plannings
A Cor do Horto Gráfico
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
A importância de Delegar #1
O trabalho de casa é dos mais ingratos que existe. Nunca acaba, e só se dá conta dele quando não está feito. Creio firmemente que uma das mais importâncias lições que aprendi sobre o trabalho de casa é DELEGAR sempre que possível. Por exemplo, podendo, pagar colaboração especializada poucas horas por semana para fazer a limpeza de manutenção e - mais importante que tudo - passar a ferro (a coisa que mais odeio fazer em absoluto). Tendo a casa limpa quando chego a casa, posso dedicar-me a fazer outras coisas infinitamente mais importantes, como brincar com a Adelaide, descansar 10 minutos, gozar o meu jardim, ir passear, telefonar a um amigo sem estar a fazer mais nada ao mesmo tempo. Ou arrumar a roupa, fazer o jantar com tranquilidade, deitar-me 5 minutos a ronronar no sofá sem estar pelo canto do olho a controlar o que está sujo. Custa dinheiro, mas é dinheiro bem gasto e bem ganho por quem faz esse trabalho.
A semana passada a Luana começou a trabalhar connosco, 6 horas por semana. Um descanso, demos-lhe as chaves, vem de manhã duas vezes por semana, nem a vemos. mas pelo menos eu vejo bem o trabalho que ela faz! Até fez a bainha às cortinas do quarto! Antes da Luana vinha a Daniela, e antes ainda a Ionelia. Não é fácil encontrar a pessoa adequada para este tipo de trabalho: tem que saber fazer, ser de confiança, não faltar, ser simpática. E de preferência aceitar trabalhar legalmente... mas esta já é conversa para outro dia.
Boa noite!
domingo, 15 de janeiro de 2012
Sentir-me bem... com salada?
Não sei se conseguirei perder os 8 quilos que se acumulam de maneira muito pouco homogénea no meu corpo, mas sei que perder peso me fará sentir melhor física e psicologicamente. E o meu hábito de Janeiro para Saúde e Bem-Estar é: até me sentir satisfeita, uma refeição por dia será de salada. Estou cheia de boas intenções!!!
A Duas Mãos e Dois Dedos
sábado, 14 de janeiro de 2012
Quando as tradições familiares se criam
Comecei devagarinho, a pensar quais os hábitos que eu poderia estabelecer com influência positiva, de maneira a serem adoptados não só por mim mas também pelo Giuliano e pela Adelaide. Estávamos nos primeiros dias de Novembro. E o hábito de Novembro foi o Pequeno Almoço em família. Enfim, começar bem o dia, em família. Porque eu, com o stress de chegar o mais cedo possível ao trabalho, não tinha sequer tempo para comer. E visto que o pequeno-almoço da Adelaide era o meu leite, nem tinha que me preocupar em dar-lhe mais qualquer coisa. O pequeno-almoço não ocupa mais que 15 minutos todas as manhãs, basta que eu me levante um bocadinho antes e despache tudo o resto enquanto o Giuliano e a Adelaide ainda dormem. Claro que ao princípio deixei-me tentar pelo meu perfeccionismo, o pequeno-almoço tinha que ser feito com os biscoitos feitos por mim ou com o muesli feito por mim... Mas depressa me deparei com a realidade: os meus biscoitos não fazem concorrência aos da Osvego, e afinal o mais importante é mesmo começar o dia em família. E o meu medo de que a Adelaide começando a tomar o pequeno-almoço connosco deixasse de querer o meu leite era infundado: ela agora não dispensa nenhum dos dois pequenos-almoços!
O hábito de Dezembro foi o "abraço de família". Simplesmente, consiste num pequeno abraço a três todos os dias antes de sairmos de casa de manhã. Somos uma equipa que está prestes a começar a sua performance, e este é no nosso grito de guerra. Um êxito estrondoso, a Adelaide delira e dá gritinhos de satisfação e aprovação sempre que fazemos o nosso abraço de família.
O hábito de Janeiro consiste em estar poucos minutos por dia no sofá, a ronronar como gatos. Claro que não ronronamos ruidosamente, mas é a imagem que melhor se adequa ao objectivo. Darei conta no final do mês sobre o sucesso deste pequeno passo.
E por aí, alguém quer partilhar alguma tradição famíliar que contribua para a fortificação da equipa?
Beijinhos e boa noite!
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Sexta-feira, reflexos pavlóvicos e terapias-placebo
É Sexta-feira!!!! |
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Escrever a quatro mãos
"First we make our habits, then our habits make us"Tenho sido preguiçosa esta semana, hoje é a primeira vez que escrevo sobre os meus pensamentos e os meus progressos. E hoje fico-me pelos progressos, porque os pensamentos são tantos que nem saberia por onde começar.
Vontade de Primavera... e ainda é Janeiro |
- Escrever diariamente neste Blog: é um instrumento de análise e de metodologia. Ideal para exorcizar as "vozinhas negativas" que teimam em desmotivar-me sobre tudo o que quero e que faço. Para ultrapassar os ataques de preguicite aguda vou fazer um planning temático de publicações. E para além disso é uma óptima maneira de partilhar com quem me é caro o meu dia-a-dia e de sentir-me de coração menos dividido. E a partir de hoje escrever-se-à a 4 mãos neste blog: PAI é agora um autor!
- Saúde e bem estar: comecei segunda-feira uma dieta mais ligeira, muito simples: substituir uma refeição por uma bela salada! (Patrícia, estás a ler?) Até agora estou a manter-me fiel ao hábito. E para além disso fiz um planning do menú para o mês inteiro. Será com certeza mais saudável, reduzi drasticamente o número que refeições semanais à base ovo e de mozzarella...
- Para melhorar a minha capacidade organizativa caseira (sim, eu sei, é um caminho MUITO longo, mas o objectivo é começar devagarinho ;-) ) decidi concentrar-me em manter a bancada da cozinha limpa e arrumada diariamente. 2 minutos diários a juntar a tantas outras coisas mas que me dão a satisfação de resultado imediato.
- Melhorar o Mundo à minha volta: obter um planning de trabalhos manuais de Arte Em Lixo que seja realista e pragmático. Estabelecer um objectivo pouco ambicioso (por exemplo fazer um projecto por mês) e escolher materiais que não ocupem espaço e sejam fáceis de trabalhar: por exemplo papel. Enfim, fazer o planning.
- Trabalho. Ufa... tenho que pensar melhor neste assunto. Dedicar-lhe-ei um post inteiro ;
sábado, 7 de janeiro de 2012
Como atingirei os meus objectivos?
“First we make our habits, then our habits make us.”
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Dia de Reis, Dia da Befana: entre amigos e boa disposição
Hoje ficámos em casa e partilhámos o Dia dos Reis com um casal de amigos, a Dária e o Cláudio. A Dária é uma amiga do Giuliano do tempo dos escuteiros e o Cláudio é o seu companheiro. Ela está grávida de 4 meses e está mais magra do que antes de engravidar!
Estivemos bem, almoçámos juntos e a sessão de tagarelice foi tão agradável que eles acabaram por ficar também para jantar.
Para o almoço fiz focaccia de alecrim com tantos hors d'oeuvres, seguida de lasagna de cogumelos porcini e por fim crostata de fruta e doce. Saiu-me tudo bastante bem. E para o jantar improvisei uns crepes recheados com pickles e conservas várias.
E por esses lados, como passaram dia? Que tal era o menú?
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Diversão cultural: Palazzo Barberini em Roma
Hoje demos um salto a Roma para visitar a exposição permanente do Palazzo Barberini - a Galeria Nacional de Arte Antiga. Tem obras espectaculares, como o Narciso de Caravaggio e a Fornarina de Raffaelo. Mas para mim o prato forte desta imersão cultural foi o tecto do salão, completamente decorado com um fresco de Pietro della Cortona - tão perfeito que algumas partes pareciam esculpidas. Eu e a Adelaide deitá-mo-nos nos bancos almofadados a olhar para cima um belo pedaço de tempo.