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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Dia de Reis, Dia da Befana: entre amigos e boa disposição



Hoje ficámos em casa e partilhámos o Dia dos Reis com um casal de amigos, a Dária e o Cláudio. A Dária é uma amiga do Giuliano do tempo dos escuteiros e o Cláudio é o seu companheiro. Ela está grávida de 4 meses e está mais magra do que antes de engravidar!
Estivemos bem, almoçámos juntos e a sessão de tagarelice foi tão agradável que eles acabaram por ficar também para jantar.
Para o almoço fiz focaccia de alecrim com tantos hors d'oeuvres, seguida de lasagna de cogumelos porcini e por fim crostata de fruta e doce. Saiu-me tudo bastante bem. E para o jantar improvisei uns crepes recheados com pickles e conservas várias.
E por esses lados, como passaram dia? Que tal era o menú?

1 comentário:

  1. Ontem fizemos uma viagem no elevador da Glória.Não era o objectivo principal mas acabou por ser uma consequência das circunstâncias.
    À partida decidimos dar uma volta pelo Chiado. Subi a rua do Alecrim e procurei um lugar para estacionar o carro por alturas da rua da Misericórdia, tarefa difícil como é sabido. Mas com a minha habitual sorte - se tivesse tanta sorte em tudo como tenho para desencantar um lugarzito para estacionar o carro seria o dono do mundo - lá consegui encaixar-me num espaço que daria para pouco mais que um Fiat 600 mesmo ao cimo da rua das Taipas. Detivemo-nos um bom bocado a identificar o casario da cidade do alto do Miradouro de São Pedro de Alcântara e depois lá fomos, Misericórdia abaixo, Camões, Largo do Chiado,cumprimentamos o Pessoa esfingicamente sentado a nunca acabar a bica, Rua Garrett, sempre em sentido descendente. As ruas cheias, cheias de gente, as lojas abertas a tentar escoar os saldos, uma babilónia de linguas a pairar constantemente na tarde soalheira. Em frente aos Armazens do Chiado aproveitamos para refazer o stock de cápsulas de café na loja da Nespresso e descemos a Rua do Carmo ao som de um quarteto de jazz que se exibia a troco de uma moedas. E não é que tocava mesmo bem?! Demos uma volta inteira ao Rossio e atravessamos o Largo de São Domingos que continua a ser o ponto de encontro preferido para os muitos africanos que por cá vivem. As mulheres com as suas vestes multicoloridas e de capulana enrolada à cabeça, os homens, alguns de túnica branca e barrete islâmico, outros "ocidentalizados" com blusão vermelho e óculos escuros espelhados. À babilónia de linguas juntavam-se agora os vários crioulos, do angolano ao guineense. Seguimos pelas Portas de Santo Antão e, finalmente, entramos nos Restauradores pela Rua dos Jardins do Regedor. E de repente lembramo-nos, tinhamos o carro estacionado nos píncaros de sétima colina e poucas pernas para lá chegar. Foi então que surgiu a ideia salvadora de galgarmos a rampa no ronceiro elevador da Glória. A última vez que nele andei era miudo, teria dez, onze anos, não me lembro bem, mas lembro-me sim que o bilhete custava cinco tostões. Pedi dois bilhetes ao guarda-freio e saquei de uns trocos que tinha no bolso. "São sete euros". Olhei abismado para o homem, devolvi as moedas ao bolso e tirei uma nota de dez euros da carteira. Ou o prêço das coisas aumentou desmesuradamente em exponencial, ou eu envelheci demasiado depressa sem dar por isso. Ou, mais certamente, as duas coisas. Valeu a pena o passeio, quanto mais não seja para entrar na realidade esquecida.

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