Estava na hora de sonhar acordado.
Subitamente, misturada no turbilhão silencioso de imagens que desfilam fugazes na pantalha do meu consciente ainda meio adormecido, uma sensação fria, estranha, palpável, bem focada, toma forma. O filme rodopiante pára por brevíssimos instantes, o tempo apenas suficiente para reconhecer o meu primo, acabado de morrer, e para ter a absoluta certeza que ele morrera de um ataque cardíaco. Sobressaltei-me. Abri um olho e vi as horas: 6,30. Ajeitei a cabeça na almofada e voltei à letargia do sonho acordado.
Pela manhã, ainda cedo, a filha, a Ana Rita, telefonou lá para casa a dar a notícia.
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