Escolhemo-los na infância dos bancos da escola primária ou dos desafios com uma bola de trapos; escolhemo-los na juventude dos mergulhos na praia ou dos bailaricos ao fim da tarde; escolhemo-los nos medos da contestação política; escolhemo-los nos horrores da guerra; escolhemo-los nos interesses da parceria profissional. Nem sempre escolhemos bem, mas somos nós que escolhemos, a escolha é livre, e sentimo-nos bem quando tambem somos escolhidos por quem escolhemos, principalmente quando escolhemos uma companheira.
Hoje recordo o meu pai.
Gostaria de ter tido a hipótese de escolher. Se por magia ou por milagre me tivesse sido dada a graça de escolher um pai, teria perfilado o meu ao lado de todos, mas todos, os pais do mundo para o escolher a ele, só a ele, o meu, o que tive, o que ainda tenho no meu íntimo, que outro não quereria ter tido. Um pai que não foi rico mas que me deixou a mais bela herança que eu poderia ambicionar: um infinito amor, primeiro pelos filhos, depois pelos netos, por fim pelos bisnetos. Gostaria que hoje ainda fosse tempo de lhe dizer, cara a cara, de lágrimas nos olhos, que ele seria, ontem, hoje e sempre a minha primeira e única escolha.
Horácio: Sem mais palavras.
ResponderEliminarEduardo