No princípio do sec XX, a absorção de uma grande quantidade de homens nas fileiras da Primeira Grande Guerra Mundial e a necessidade de dar continuidade à Segunda Revolução Industrial então em marcha, ocorre uma incorporação em massa de mão-de-obra feminina na indústria. As condições de trabalho eram tão inseguras e tão pouco condignas que motivaram crescentes protestos por parte das trabalhadoras dando origem nos anos seguintes a enormes manifestações em várias partes do mundo.
De uma forma ainda muito tímida, começaram a desenhar-se alguns movimentos feministas até que, em 1910, se realiza em Copenhaga a primeira conferência internacional de mulheres, organizada pela Internacional Socialista, onde se discute a ideia de instituír um Dia Internacional da Mulher. Mas nenhuma data é fixada e, na falta de uma uniformidade, cada país passou a celebrar esse dia em datas distintas. Até que na Rússia, no dia 23 de Fevereiro de 1917 (8 de Março no calendário actualmente utilizado, o gregoriano), acontece uma gigantesca greve das operárias da indústria textil contra a fome e contra o czar, embrião da revolução bolchevique que se instalou definitivamente em Outubro desse ano. Essa data permaneceu oficialmente como “dia da heroica mulher trabalhadora” em toda a União Soviética enquanto o regime durou e, naturalmente, a política ocidental manobrou para que a mesma data fosse caindo no esquecimento.
Já na década de 1960 o Movimento Feminista Internacional recuperou a data e, finalmente, conseguiu que as Nações Unidas adoptassem o dia 8 de Março de cada ano como Dia Internacional da Mulher.
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